Domingo preguiçoso. O sol da manhã batia na porta de vidro acordando os olhos sonolentos da noite anterior. Noite curta e longa. Noite risonha, de TV ligada, farelo de pão no chão, de tênis jogado, de torneira da pia pingando.
O domingo, de tão preguiçoso, se escondeu debaixo do edredom e nem deu ouvidos pra manhã que o acordava. Manhã feliz e triste. Manhã apressada, de banho tomado, de café sobre a mesa, de cama arrumada.
O domingo, então, acordou. Levantou-se, caminhou até a porta de vidro, abraçou a manhã e sorriu: “bela manhã de domingo”. E a manhã se ensolarou toda!
Texto: Duane Valentim
Imagem: Romero Brito
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