E o vento se faz de amigo e se senta diante dos pés dela. E é tão fácil de fazê-la sorrir. Basta agitar os cantos da alma, bater as portas antigas e escancarar as janelas de vidro que ela insiste em lustrar.
Mas o vento vem vindo de longe. Nunca se sabe qual das esquinas o fará parar.
E é difícil de enganá-lo.
E ela não o vê.
E ele se aproxima.
E ela abre os braços.
E ele a envolve.
E ela não respira.
E ele passa. Levou tudo dela.
Que palhaça!
E ela abre os braços.
E ele a envolve.
E ela não respira.
E ele passa. Levou tudo dela.
Que palhaça!
Texto: Duane Valentim
Imagem: Filme : The Science of Sleep
Pude notar nesse texto um amadurecimento gigante!
ResponderExcluirAmei muito a construção do narrador detalhista e td cheio de belas metáforas, como em "palavras aveludadas", pra depois terminar com "que palhaça". surpreendente, belo e genial! curti demais!
PS: voltei!