Lá vem ela, com o sorriso no
rosto e as dores nos olhos. Pela janela do seu quarto, vê o azul do céu e as
nuvens que passam, lentamente. Os olhos acompanham tudo tentando aproximar os
momentos que vão lá pra longe. Cada nuvem que vai, um alguém que foi. Foi pra
ela porque eles nem se deram conta de que um dia eram. Ah, o amor! Quanto amar
assim, só dela! O amor dela que fica só com ela! Talvez sejam os dedos que teimam
em sempre escolher as melhores nuvens, as mais belas, as mais distantes e as mais dificeis de ficar. E o
que sobra pra ela? Ver cada uma passar, lentamente, diante dos olhos doloridos.
Dolorido ao coração e mágico para a poesia. Vamos então poetizar! Usar o amor
que nasce nela (só nela) como arte de um poeta! Mas não se esqueçam: ela não
aprendeu a ser poeta, só aprendeu a sorrir e a fechar os olhos para esperar uma
nuvem, quem sabe, ficar!
Texto: Duane Valentim
Imagem: Duane Valentim
Nenhum comentário:
Postar um comentário