Meus olhos ficaram mudos. Passaram pelo chão, esbarraram
dentro dos olhos dele, voltaram para o chão. Calaram.
O som do sorriso escondendo o silencio que vem de dentro. Meus cabelos
tocaram meus lábios. Fechei os olhos e os abri lentamente: esperança
do tudo em um novo formato.
Olhos abertos e machucados. Mudos no infinito do tudo que
não foi. Parados no instante do tato, do cheiro, do gosto. Palavras surdas
deslizando no canto do ouvido. Respiro...
Dói. Respiro. Dói. Tempo que passa. Ele foi passando longe
dos meus olhos. Olhos que não queriam ver. Lábios cheios, mas não dos meus.
Silencio de tudo que grita de dentro.
Pausadamente...
Silencio de tudo que grita de dentro.
Pausadamente...
Texto: Duane Valentim
Fotografia: Elena Kalis
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