E é como construir castelos em cima de ruínas. É como caminhar na fantasia. E a gente se projeta para “o lá na frente” e nem sabe se lá estará. E a gente vai adiando tudo: uma boa noite de sono, uma boa garrafa de vinho, uma noite com amigos, um romance, um livro...
E é como se alimentar de sonhos, e planos. É como sentar e ver o tempo ziguezagueando pela porta dos fundos. E a gente deixa, passivamente, entrarem, saírem, ficarem (se assim desejarem), partirem (se nada encontrarem). E a gente vai ficando grande e continua brincando de esconde-esconde e pega-pega.
E é como continuar nos mesmos contos de fadas e passar a vida esperando o “feliz para sempre”. E é como pisar em nuvens, se amarrar com fios de sonhos, se constituir de ar, de fantasia...E a gente faz questão de entrar nos furacões, e a gente se joga no meio do nada, e não recebe nada, e a gente nem pede nada, mas vai, mais fica, mais quer, mas gosta, mas toma, mais gosta...
E o agora expira. O amanhã, não tem. Quando quer, volta. Quando não quer, não vem. E a gente deixa porque não perde nada. Não ganha, também.
Texto: Duane Valentim
Imagem: Edward Hopper
já disse que sou sua fã? *-*
ResponderExcluirJá disse que tem um erro de grafia nesse texto?
ResponderExcluirDe qualquer forma, um bom texto...
Ná, vc é linda!! obrigada pelo carinho!
ResponderExcluir"anônimo", word e eu dormimos...mas já arrumamos! :)
Du, eu acabei de encontrar esse seu blog lindo. e já me apaixonei pela sua linguagem. vou ter que voltar mais vezes.
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