
O incrível é a impossibilidade de
calcular quantas vezes esse mesmo balançar das nossas certezas se repete. Pode trocar
o personagem, mas o que vai do “ok, já sei muito bem como isso funciona”, passa
para o “por que estou sentindo isso outra vez?”. E então, ficamos em silencio
buscando alguma lembrança ou pista que nos traga de volta uma esperança, por mínima
que seja, de que ainda temos alguma importância dentro de alguém. E no fundo, a
gente sabe que o mesmo vento volta, só que com um pedaço cada vez menor da
gente.
Texto: Duane Valentim
Imagem: x