Lá vai ela outra vez empacotar as
coisas e jogar fora o que não tinha que levar. Ela precisava mudar de casa, mudar
de espaço, mudar os cantos das paredes que ela se esbarra todas as noites antes
de dormir (ou depois de acordar).
Lá vai ela carregar tudo outra vez, agora, para um prédio que, na cabeça dela, seria a solução para seus pesados pesadelos da casa atual.
E ela passou o dia todo empacotando coisas, juntando caixas, juntando lembranças, juntando dores. Onde guardar aquilo tudo? “Antes não tivesse começado a guardar nada e jogado tudo fora!”, pensou ela.
Lá vai ela carregar tudo outra vez, agora, para um prédio que, na cabeça dela, seria a solução para seus pesados pesadelos da casa atual.
E ela passou o dia todo empacotando coisas, juntando caixas, juntando lembranças, juntando dores. Onde guardar aquilo tudo? “Antes não tivesse começado a guardar nada e jogado tudo fora!”, pensou ela.
Ao chegar à casa nova, cansada de carregar o peso de cada caixa, cuidadosamente completada, foi abrindo uma por uma, e dentro delas, não havia mais nada.
Texto: Duane Valentim
Para começar a encher outra: nova, mais bonita, mais ou menos dolorosa. Mas sua, nossa. História da Duda
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