... e ela se perguntava pra que
manter aquilo? Do que ela tinha medo? Do quê? De não sobrar mais nada? E aquilo
por acaso era alguma coisa? Eu não sei, mas me parece que a gente inventa uns
jeitos meio bestas de se sentir querido que da até vergonha da pobreza toda que
sobra. E eu já disse pra ela que esse contentamento com tão pouco deve ser
resultado dos amores mal amados que ela teve. No mínimo se acostumou com pouco.
Que miséria!
Texto: Duane Valentim
Texto: Duane Valentim